Like a Virgin - O Álbum e o Fenómeno - Por Vanessa Barata

“Like a virgin, touched for the very first time…” – Não há pessoa no mundo que não consiga, pelo menos, trautear aquela que se tornou a imagem de marca de Madonna.



“Like a Virgin”, o segundo álbum – e aquele que a catapultaria para a fama de forma definitiva – da produtora Sire Records, foi lançado em 1984 nos EUA e em 1985 na Europa.
Apesar de conter faixas que também se tornariam famosas mundialmente – tal como “Material Girl” e “Into the Groove” – este álbum foi preponderante e marcante na história mundial da música Pop. Definiu uma cantora, uma artista, uma atitude, uma era e, acima de tudo, definiu muitas gerações.
Na sequência do seu primeiro álbum, Madonna continuou na mesma linha de irreverência e, à semelhança do que a caracterizou sempre, reinventou-se a si e à sua música sem nunca perder o “Madonna touch” que se arrasta desde que surgiu como artista.
Desta forma, aquele som tão Madónico do sintetizador que dá os primeiros acordes desta mítica música, veio para ficar…por muitos e longos anos. Desde logo atingiu rapidamente a fama e por todo o lado se ouvia o pop diferente daquela artista cuja imagem começava a acumular clones por todo o mundo. A partir do lançamento deste álbum – que Madonna dedicou a todas as virgens do mundo – começava a ser “moda” gostar daquele pop, imitar aquela imagem e aquele estilo de falar, vestir e ser. Contudo, Madonna não se ficava pela fama, ela sempre gostou especialmente do proveito.
Depois de ter surpreendido o mundo na sua performance de 1984, nos MTV Vídeo Music Awards – onde abriu a cerimónia cantando a música que dá nome ao álbum, vestida de noiva, com um cinto onde se lia “Boy Toy” e fazendo enumeras poses e movimentos que apesar de hoje não serem de todo chocantes, na altura, foram considerados depravados, perversos e com extrema conotação sexual – Madonna adquiriu finalmente o estatuto pelo qual lutava: o de provocadora.
Aqui começaram também as suas divergências com a igreja católica, da qual Madonna sempre se disse e afirmou ser devota, que condenava as suas actuações e temas musicais provocadores numa mistura com objectos tipicamente considerados sagrados para o catolicismo – como é o caso dos crucifixos e terços que tanto gostava de usar como adereços.

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Apesar de ter muitos críticos a “remar contra a maré”, o álbum atingiu 10 milhões de vendas apenas no território dos EUA e mais de 19 milhões em todo mundo – Que fez dele Álbum de Diamante. Madonna foi também a primeira artista feminina a conseguir alcançar o nº1 no “Álbum Chart” e “Single Chart” simultaneamente.
Em 1985, a fama de Madonna e deste álbum atinge um dos auges da sua carreira ao realizar a “Virgin Tour” cujas imagens arrepiam qualquer fã ao ver tamanha propagação do fenómeno Madónico e uma estrela em clara ascensão.
Madonna estava no mundo da música, definitivamente, para ficar...e durar!


Para o próximo mês: “True Blue” – A saga continua…